março 22, 2012

Opositor Modelo ao AO


Neste post, o Jorge Fiel (JF) evidencia duas caraterísticas geralmente observadas nos opositores ao Acordo Ortográfico:

Intolerância para usos estranhos ao ghetto; o JF tem relutância em aceitar os aportes lexicais ou outros com origem exterior ao seu ghetto linguístico. Aparentemente ele não sabe que a diversidade da origem lexical é comum a todas as Línguas e é sobretudo uma caraterística fundamental das Línguas internacionais. Parece também que nem desconfia que “no vocabulário que a gente comum usa” (sic) existem inúmeras palavras com origem em Línguas nativas da América, de África e da Ásia. Convenhamos, essas coisas vêm do tempo em que Portugal foi grande e os portugueses não tinham medo de enriquecer o idioma com vocábulos dos lugares distantes onde chegaram os portugueses e a Língua Portuguesa..

Ignorância sobre o AO90; ao contrário do que o JF julga saber, o AO não pretende pôr fim às variantes de uma mesma palavra. De resto, não é preciso fazer comparações com palavras usadas no Brasil, temos exemplos suficientes entre nós. Na verdade, não só temos variantes fonéticas aceites da mesma palavra (ex: bêbado/bêbedo, cobarde/covarde, rotura/ruptura), mas também temos palavras diferentes para um mesmo significado (ex: aloquete/fechadura, griséus/ervilhas, chícharos/grão de bico, picheleiro/canalizador). Se estes exemplos não transtornam a unidade da Língua Portuguesa, porque motivo transtornaria o uso de palavras diferentes para um mesmo significado no outro lado do Atlântico?

2 comentários:

  1. Concordo plenamente com esta sua opinião. Olhemos para nós antes de apontar o dedo aos outros.

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