Pergunta: as motivações dos difamantes do AO de hoje não são as mesmas dos difamantes da reforma ortográfica de 1911 simplificadora de grafemas gregos e arrasadora da generalidade das consoantes mudas?
Quantos “estudos” e opiniões “fundamentadas” foram ou poderiam ter sido produzidos ao tempo por "especialistas" criticando a simplificação ortográfica e pedindo o regresso ao passado?
Pergunta: as motivações dos difamantes do AO do hoje não são as mesmas dos difamantes da reunificação ortográfica com o Brasil que se julgou ter alcançado com as reformas de 1943, primeiro, e 1945, depois?
Quantos “estudos” e opiniões “fundamentadas” foram ou poderiam ter sido produzidos ao tempo por “especialistas” criticando a simplificação da diacrítica, alertando para os “perigos” da reunificação ortográfica luso-brasileira, e pedindo o regresso ao passado?
Pergunta: as motivações dos difamantes do AO de hoje não são as mesmas dos difamantes da reforma ortográfica de 1973, simplificadora da diacrítica e expressamente destinada a dar mais um passo na desejada reunificação ortográfica com o Brasil?
Quantos “estudos” e opiniões “fundamentadas” foram ou poderiam ter sido produzidos ao tempo por “especialistas” criticando mais uma simplificação da diacrítica, alertando para os “perigos” da reunificação ortográfica luso-brasileira, e pedindo o regresso ao passado?
Última pergunta: os “estudos” e opiniões “fundamentadas” produzidos pelos “especialistas” difamantes do AO de hoje não têm o mesmo propósito dos “estudos” e opiniões “fundamentadas” produzidos por todos os “especialistas” difamantes de todas as outras reformas ortográficas que visaram a simplificação ortográfica e/ou a reunificação ortográfica com o Brasil?
Sabemos nós e os “especialistas” difamantes, que sim.
Nesta circunstância, resta aos portugueses de hoje dar aos “especialistas“ difamantes do AO1990 o mesmo destino que os portugueses de 1911, 1945 e 1973 deram aos “especialistas” difamantes das reformas ortográficas desses tempos: um lugar no caixote do lixo da História.